Não é de hoje que o cotonicultor sustenta sua produção com base em inovação e tecnologia. Novas técnicas e soluções para o manejo de doenças de difícil controle do algodão sempre foram os propulsores da atividade agrícola que envolve essa cultura tão delicada e desafiadora.
Um dos primeiros avanços da cotonicultura brasileira foi a introdução da espécie de planta Gossypium hirsutum, que hoje corresponde a, pelo menos, 90% da produção mundial, em suas variedades de raça e de cultivares. A partir disso, soluções para o manejo fitossanitário não pararam de evoluir, impulsionando a produção e colocando o Brasil como um dos expoentes no mercado de algodão.
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Desafios da produção de algodão no Brasil
A cotonicultura nacional tem como principal desafio de produção a incidência de pragas e doenças, que encontram condições favoráveis para avançar pelas lavouras por conta do clima tropical. Além disso, o comportamento dos patógenos se altera diante das adversidades climáticas que acometem o país, de maneira a afetar a eficiência das estratégias de controle e o desenvolvimento da cultura.
De fato, é difícil esquecer que a grande crise no setor na década de 90 foi por conta da ocorrência generalizada do bicudo-do-algodoeiro, uma situação que impulsionou o desenvolvimento de tecnologias inovadoras para o manejo do algodão. No entanto, a alta capacidade de adaptação desses organismos faz com que eles sejam uma constante ameaça ao potencial produtivo das lavouras.
Atualmente, o que chama a atenção é o aumento da incidência de doenças, como a ramulária e o complexo de manchas. No entanto, a desenvoltura para lidar com esse tipo de ameaça já está consolidada.
A ciência e as empresas estão um passo à frente. Antes mesmo das doenças do algodão poderem estabelecer um cenário de crise para o setor, foi desenvolvida uma solução altamente tecnológica e inovadora para oferecer um manejo de doenças poderoso ao cotonicultor. Este artigo mostrará todos os detalhes técnicos sobre essa novidade!
Doenças do algodão: contexto atual
A intensificação da produção de algodão nos últimos anos (+83% de área e +127% de produção da pluma nos últimos 10 anos, segundo a série histórica da Conab), sob o sistema de rotação soja-algodão, favorece o avanço das doenças nas lavouras.
Isso porque os patógenos migram de uma cultura a outra, sobrevivendo em restos culturais ou em daninhas hospedeiras durante a entressafra, de maneira que seu ciclo de vida não é interrompido. Nesse contexto, as populações dos organismos nocivos aumentam com o passar do tempo, o que faz com que os danos aos cultivos sejam mais agressivos. Além disso, a falta de um manejo adequado pode levar à seleção de patógenos resistentes aos principais ativos fungicidas, diminuindo a eficiência das soluções.
A ramulária (Ramularia areola) sempre foi considerada a principal doença do algodão, mas vem dividindo espaço com outras manchas foliares, que ocorrem simultaneamente nas lavouras. As consequências são: amplificação dos sintomas, dificuldade de identificação e controle ainda mais desafiador. Assim, doenças que antes eram consideradas secundárias, passam a ter importância primária quando se trata da cultura do algodão. São elas:
- cercosporiose (Cercospora spp.);
- mancha-alvo (Corynespora cassiicola);
- mancha-de-alternária (Alternaria spp.);
- mancha-de-mirotécio (Myrothecium roridum);
- ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides).
Sintomas das principais doenças do algodão.
Danos e características gerais das principais doenças
Em casos extremos, esses patógenos, juntos, podem comprometer mais da metade da produção, colocando toda a rentabilidade do agricultor em risco. Esse é um contexto de novos desafios, à altura de outros problemas que fizeram história na cotonicultura brasileira. A gravidade do quadro pode ser compreendida a partir de alguns fatos, tais como:
- A ramulária não dá trégua e continua sendo uma doença primária e de difícil controle no algodão.
- Manchas foliares, que antes não representavam grande ameaça, hoje praticamente se igualam à ramulária.
- A cercosporiose sequer era considerada uma doença do algodão, mas recentemente vem tornando-se um agravante para a cultura, além de já ser conhecida em lavouras de milho e soja.
Felizmente, o cenário atual é de que os avanços tecnológicos são mais rápidos do que os patógenos, e quem chega para marcar presença nas lavouras é o poder de controle proporcionado pela nova dimensão em fungicidas.
Brasil é inovador em proteção de cultivos
Esse início de segunda década do século XXI pode significar um marco histórico para a cotonicultura nacional, não apenas porque o cultivo aumenta gradativamente em produção, colocando o Brasil cada vez mais bem-posicionado entre os maiores produtores mundiais de algodão (ocupa o 4º lugar até a safra 2021/22), mas também porque aqui é o berço de excelentes tecnologias em defensivos agrícolas, alinhando produtividade, qualidade e manejo consciente.
Miravis® Duo: o novo patamar no controle de doenças do algodão
O novo fungicida que chega ao mercado em 2022 impressiona produtores e pesquisadores do setor por seu alto poder intrínseco de controle. Miravis® Duo apresenta resultados de manejo nunca antes vistos, e esse é realmente o objetivo desde quando começou a ser desenvolvido.
Formulação inédita
A grande novidade dessa formulação é Adepidyn®, uma molécula exclusiva que acaba de ser desenhada pensando especialmente na superação dos desafios de manejo de doenças de difícil controle. Adepidyn® inaugura um novo grupo químico e abre as portas para a nova dimensão de fungicidas, com um amplo espectro de ação que realmente eleva a eficiência do manejo.
O segundo composto é o difenoconazol, um ativo que já apresenta alta performance de controle. A perfeita sinergia entre Adepidyn® e o difenoconazol cria a combinação potente da formulação de Miravis® Duo, resultando em um produto simples para o produtor e poderoso contra as doenças do algodão.
Benefícios:
- Poder: alta atividade intrínseca de controle.
- Residual: longo residual e rápida absorção.
- Espectro: amplo espectro de ação em mais de 40 patógenos.
- Multicrop: controle de patógenos em diversos cultivos.
O vídeo a seguir mostra um pouco mais sobre essa molécula inovadora e o que Miravis® Duo representa no atual contexto da agricultura:
Qual a relação entre a nova dimensão em fungicidas e o manejo consciente no algodão?
O Brasil está entre os maiores produtores de algodão do mundo, com cerca de 75% da produção devidamente certificada. Esse número mostra como os cotonicultores do Brasil estão avançados nos quesitos sustentabilidade, boas práticas agrícolas e responsabilidade ambiental.
Essas boas práticas estão alinhadas aos 10 princípios do manejo consciente, e 5 deles estão associados ao uso de defensivos: iniciar as aplicações de fungicidas preventivamente; usar diferentes modos de ação de fungicidas nos programas; respeitar as características dos grupos químicos e os modos de ação; respeitar o máximo de 3 aplicações de carboxamidas; utilizar multissítios em combinação com fungicidas.
O lançamento de Miravis® Duo para algodão facilita o cumprimento de todos esses requisitos de boas práticas que tornam o produto brasileiro avançado em qualidade e valorizado no exterior, pelos seguintes motivos:
- apresenta ação preventiva e curativa, permitindo o controle das principais doenças antes que os patógenos inflijam danos significativos às lavouras, podendo ser aplicado até 100 dias após a emergência da cultura;
- conta com composição inédita, que combina diferentes modos de ação (inibidor da desmetilação da enzima esterol 14α-desmetilase e inibidor da enzima succinato desidrogenase);
- permite intercalação com outros fungicidas, como Mertin®, de maneira a respeitar as características dos grupos químicos e potencializar ainda mais a performance do manejo;
- pertence a um novo grupo químico, que proporciona um patamar de controle superior no manejo das doenças do algodão, além de mais de 30 outros cultivos importantes no Brasil;
- é ideal para ser posicionado em conjunto com Bravonil®, o melhor multissítio do mercado, ampliando as possibilidades de atingir mais de um alvo ao mesmo tempo ao interferir de maneira generalizada nos processos metabólicos dos patógenos.
Consciência e inovação na produção de algodão
Símbolo da nova dimensão na proteção de cultivos. Fonte: Mais Agro, 2022.
Diante de um cenário em que muitas doenças de difícil controle atingem as lavouras de algodão de uma só vez, ter em mãos um fungicida simplesmente poderoso, que comporta as qualidades exigidas pelo manejo consciente, permite vislumbrar um futuro ainda mais promissor para o cotonicultor.
Por isto, Miravis® Duo é considerado uma nova dimensão no controle de doenças: atende às atuais necessidades em proteção de cultivos, focando também nos resultados a longo prazo, na qualidade e na valorização do produto que está sendo entregue ao mercado.
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